Janela Conjunta

Particularmente eu fico muito entusiasmada quando vou às compras , mesmo quando é pra comprar apenas uma pecinha que eu esteja realmente necessitando. O que, alias, raramente acontece: comprar somente o indispensável. Isso porque, é minha mãe quem ainda me sustenta, então sempre faço isso na companhia dela. E quando gosto de alguma outra peça ela, geralmente, não resiste: - “Aceita cartão? Dá pra parcelar em 8 vezes sem juros? Ah, que maravilha!” - e acabo saindo da loja com mais roupas do que deveria ter sido comprado, - mas claro sempre com moderações, né - adoro isso!

Sábado não foi diferente, saímos pra comprar uma calça pra mim, pra suprir a falta de uma - não tão barata quanto vagabunda - que eu tinha comprado, mas rasgou em menos de 5 meses de uso, bem no meio da minha viagem de estágio em Turismo. Então, fomos na loja feminina de uma marca que eu tenho uma calça masculina, cara, as calças de lá vestem muito bem em mim. Acabei comprando duas calças e um short.

O divertido é quando entro na cabine, experimento a roupa e começo a dançar, como se “Just dance” fosse a música de fundo. Sim, é bizarro. Eu não gostaria de ser o espelho, coitado, que em troca não pode sequer arregalar os olhos – ou fechá-los – ou sair correndo.

Quando estou dentro do provador, ali, a sós com a cortina - me sentindo gostosamente desejada vestindo meu modelo, quando generoso, 42 - já começo a imaginar as combinações que posso fazer com ele (alias, aquela t-shirt flúor color da vitrine ficaria digna com essa legging estampa de zebrinha e o meu Nike dunk), que acessórios (bolsa, ray ban wayfare e cordão de diamante, ficaria super glam), a make ideal (gloss, delineador e rimel), em qual lugar usá-lo (com todas essas informações pretendo ser a árvore de natal desse ano do barra shopping, vou lá garantir a minha vaga.) e até em quem vou dar toco (não, o ricardinho hoje não, quero o murilinho, aquele gato!). Ah, qual foi, vai me dizer que você também não vira vítima da imaginação e refém do consumismo?