Cobrador é cobrador. Filhadaputa é filha da puta.
Blyef nos brindou brilhantemente com um texto sobre metros numa cidade grande. Mas vocês tem idéia do que é o monopólio da frota de ônibus numa cidade pequena?
Em cidade pequena, como Jaraguá do Sul - Santa Catarina, os únicos modos públicos de andar pela cidade são os famigerados ônibus. Tem uma linha de trem aqui, mas nem pra carga eles têm usado mais. Coisa que eu acho um absurdo, em pleno século vinte e um as pessoas preferirem levar mercadoria de um ponto a outro de caminhão, ao invés de usar os seguros, limpos e rápidos trens.
Cada prefeito que entra ou sai da prefeitura daqui, tem planos para colocar e arrumar o asfalto, e nunca vi eles pensando em linhas férreas ou coisa desse nível. Tudo bem que por meio da internet veio o ‘Domingo sem carro’ e as pessoas andaram felizes de lá pra cá com suas bicicletas. Não que eu tenha feito isso. Mas foi um bom gesto e a camada de ozônio agradece.
Agora, quem não tem escolha para andar na chuvosa e sombria
Não que aqui, no cu do mundo, tenha ônibus sempre. Aos finais de semana o ultimo a vir até aqui é lá pelas duas da TARDE. Sim senhor. Você leu certinho, duas da tarde. Depois só as cinco da madrugada na segunda feira.
Divertido, não?
Mas o que fode mesmo, não são os horários inexistentes. Nem o fato deu morar tão longe da civilização. (Desde que eu tenha internet e sinal para meu celular, fico bem feliz, obrigada) Nem a chuva que cai sem parar por dias e dias.
Tudo isso é relevante.
O que eu não relevo, e duvido que você, caro leitor, releve, é o jeito esnobe que certos cobradores agem. Não só os cobradores, e sim essas pessoas que trabalham mau humoradas, como se não transassem a mil anos e estivessem fazendo uma OBRIGAÇAO – não que não estejam. – em levar pessoas aos seus serviços e estudos.
Fico bem puta quando alem de ser mau educados, esses senhores de certa idade, acham que são cumpridores da lei e da ordem, alem é claro de serem os DEUSES de uma misera empresa de automóveis. Que alias, é a única empresa de ônibus da porcaria da cidade.
Sinceramente, nunca fui com a cara daqueles senhores, nem eu, nem ninguém que vai com eles. Desde resmungos a comentários ácidos, de idiotices a TPM permanente, eles são, de fato, insuportáveis. Certa vez, dia vinte e quatro[EmoDay] quando fui pra cidade vizinha cortar e pintar meu cabelo [vermelhoQ] peguei o ônibus de lá pra cá, descendo a meia hora de casa[por que aquele ônibus não vai até a minha casa] e andei mais ou menos metade do percurso.
Faltava menos de quinze minutos e eu estaria em casa, sabem? Mas poxa, a preguiça falou BEM mais alto e vi um ônibus se aproximando. Rezei para que não fosse aquele imbecil e o fiel escudeiro da idiotice. Mas meus santos não são suficientemente fortes.
Dei de cara com aqueles imbecis que eu citei acima.
Entrei sem dizer nada, alem de obrigada, já que não tinha um ponto ali. Em menos de dois minutos estava no meu ponto pra andar mais cinco até em casa, e adivinhem? Tive que pagar OUTRA passagem por que ‘eu era uma passageira como outra qualquer e deveria pagar dois reais e vinte e cinco cents’. Se fosse outro motorista e outro cobrador com toda certeza eu tinha ganho apenas uma ‘Carona’. Mas não. Não com eles. Não com alguém idiota como eles. Não senhor.
É como eu digo. Cobrador é cobrador. Mas filha da puta, sempre vai ser um grande filha da puta.
A porta da frente fechada e só atrás da catraca aberta e lá foi a deise, pagando ou iria pro Centro de jaraguá, já que eu estava na zona rural [meia hora da minha casa de buzu] com aqueles idiotas.
Cogitei ir, serio mesmo. Por que pagar dois reais E VINTE E CINCO cents por cinco min de buzu é coisa de maluco. Mas ok, paguei com um bico enorme e um inicio de gastrite se pronunciando.
Mais uma vez meus santos se mostraram fracos. Uma pena. Já que roguei tanta praga praqueles dois que faria inveja a qualquer mãe de santo. – ou não, já que nenhuma deu certo.
Nessa semana, uma semana depois do ocorrido. Levei meu irmão no cinema, por que estava DOIDA pra ver o filme que ia sair de cartaz a qualquer momento. – Sim, senhores engraçadinhos, tem três salas de cinema em Jaraguá, graças a Deus. – Quando acabou a seção, e fomos pro ponto de ônibus. – o buzu passava lá pelas dez e meia, se perder esse, só meia noite. #TENSO. – Adivinhem que era o motorista da vez? Aaaaaaaaham. Aquele senhor nada simpático e o cobrador mais idiota ainda.
Tudo bem, dei um passe de estudante MEU pro meu irmão – que, haha, deveria pagar dois e vinte e cinco, mas eu não ia pagar, era um maldito passe de estudante VALIDO e sinceramente ele TINHA que aceitar, mesmo meu irmão não tendo carteirinha de estudante. – Passando logo atrás de mim.
Vocês já tiveram a sensação de fazer algo errado nas barbas de um oficial e ele não poder fazer nada por que não tinha PROVAS o suficiente para isso? – Estou lendo “A menina que brincava com fogo” DEMAIS.
O cobrador sabia o que eu tava fazendo.
Ele sabia que eu estava trapaceando.
Mas ele não tinha provas.
Abri um sorrisinho inocente. Sou ótima com sorrisinhos inocentes. Os olhos dele foram do meu passe amarelo, ao passe amarelo do meu irmão. Abriu a boca para dizer alguma coisa mas, há. Ficou no vácuo.
Sentei no terceiro banco, deixando meu irmão ficar na janela, e observei, com uma sensação de vitória, o braço direito do senhor resmungão olhar os passes de forma irritada.
Dava pra sentir no ar a raiva que ele emanava.
Meu sorriso inocente, deixou de ser inocente passando para um ótimo e perfeito sorriso vencedor.
Eu ganhei, ele perdeu.
Se foda, looser.
Moral da historia: Por mais que tenha pessoas idiotas no seu caminho, não se estresse, elas vão se foder mais cedo ou mais tarde. Fica a dica.
Bejokas,
Deise.
2 de outubro de 2009 às 20:39
UIDSAHIUHADSUHIUHUASHIDS, deusa é demais. Ops, Deise. Que seja, quer uma boa dose de humor negro encarado com divindade? Deise é a solução, ham. Não há situação ruim que ela não pise por cima, saindo legalmente como heroína. Idola, como ela mesma diria ♥